terça-feira, 19 de abril de 2011

Crescer ou Não Crescer, Eis a Questão...

Olá,

Hoje gostaria de me dirigir aos empreendedores que possuem negócios pequenos e saudáveis e que sentem o legítimo receio de crescer seu negócio e perder o controle da situação.

É aparentemente confortável ter um negócio lucrativo e pequeno, com todas as virtudes que a escala reduzida trás para uma organização. Fica mais fácil saber tudo o que se passa na empresa, agir quando se nota algum desvio, manter a qualidade dos serviços/ produtos e gerenciar os altos e baixos do negócio. 

Sem dúvida o pequeno negócio tem uma série de vantagens que podem e devem ser usufruídas pelo empreendedor, pelo menos por um tempo.

Mas o pequeno negócio possui um calcanhar de Aquiles que é suficiente para destruir anos de dedicação e investimento: a falta de escala.

Todo mundo lembra das farmácias e dos mercadinhos do bairro, certo? Pois é, em alguns lugares eles desapareceram totalmente. E os armarinhos? Será que você ainda conhece algum que esteja funcionando perto de sua casa? Isso sem falar nos alfaiates, nos sapateiros, nas oficinas de eletrodomésticos, entre outros.

Certos negócios estão simplesmente desaparecendo e dando lugar a formatos totalmente diferentes, que privilegiam a escala e que acabam tirando do mapa os que não tiveram coragem de crescer ou o desprendimento de repassar seu negócio para um concorrente maior.

É claro que toda regra tem exceção e neste caso também vamos encontrar exceções à regra. Existem pequenos negócios que se sustentam por dezenas de anos e mantém o sucesso e a rentabilidade. Esses empresários merecem nosso respeito e admiração e devem servir de referência aos que desejarem manter seus negócios pequenos e atraentes.

Para ser pequeno e lucrativo é preciso ser diferente e raro. É preciso ter algo que os grandes não possuem e não pretendem possuir, mas que alguns clientes desejam muito.

Ser pequeno é ser especial e diferente. É ter uma clientela seleta e fidelizada. É ter um relacionamento íntimo e personalizado com os seus clientes.

Você quer alguns exemplos de pequenos negócios de sucesso? Pense no seu médico de confiança para certas especialidades ou, em alguns casos, no advogado com quem se aconselha quando tem problemas. Eles são bons exemplos de pequenos negócios lucrativos e duradouros.

Mas para a grande maioria manter-se pequeno é bastante perigoso. A menor escala reduz sua capacidade de competir no preço em um mundo onde os volumes das grandes empresas só fazem crescer. Como competir fabricando sapatos artesanalmente quando o concorrente produz milhões de unidades por mês em um País como a China? Como manter a farmácia do bairro competindo com cadeias de drogarias com centenas ou milhares de lojas espalhadas pelo País.

A resposta poderia ser o produto diferenciado ou a qualidade de atendimento, mas sejamos práticos. Até que ponto esses diferenciais são reais e quanto nossos clientes estão dispostos a pagar por eles?

O dilema entre crescer ou não é complexo e não possui resposta definitiva. Existem formas de se manter pequeno e ainda assim ter sucesso e rentabilidade, mas é preciso ter muita criatividade e excelência de execução. Por outro lado, é relativamente fácil crescer em uma economia dinamizada como a que vivemos hoje no Brasil, mas é preciso ter disciplina e ousadia.

O importante é que a estratégia de crescer ou não seja ponto focal das reflexões dos empreendedores e que seja qual for o caminho escolhido ele seja fruto de uma decisão pensada, de uma estratégia de longo prazo.

Se você possui comentários sobre esse ou outro artigo, escreva para paulo.pinho@uol.com.br. Terei o maior prazer em responder sua mensagem.

Abraços,

Paulo Pinho

 


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Minhas Experiências com Coaching

Olá,

Há mais ou menos dois anos iniciei minhas atividades como Coach de executivos e gostaria de compartilhar com vocês algumas percepções obtidas durante esse período.

1 - Por menos intuitivo que seja, as pessoas realmente podem transformar seus comportamentos em curtíssimo espaço de tempo. As mudanças que presenciei em alguns casos são impressionantes e me fazem acreditar cada dia mais nessa metodologia.

2 - O ser humano é o que ele pensa ser, consciente ou inconscientemente. Em outras palavras, a transformação do comportamento é sempre fruto de mudanças na forma de pensar.

3 - O primeiro passo para o sucesso no trabalho de coaching é querer reamente descobrir o que precisa ser mudado. Esse costuma ser o maior desafio do trabalho, pois as pessoas em geral possuem avaliações de si próprias e daqueles com quem se relacionam muito impregnadas de mágoas e preconceitos cristalizados ao longo de anos.

4 - Um grande desafio para o coachee é convencer a todos de que as mudanças são verdadeiras e duradouras. Como as pessoas não acreditam na possibilidade de mudanças profundas na fase adulta, elas tendem a achar que os comportamentos irão voltar ao padrão antigo em pouco tempo. Vencer o período de descrença é um dos grandes desafios de quem se propõe a mudar.

5 - Confiança, Compreensão e Acolhimento são características fundamentais em um profissional de Coaching. Saber fazer as perguntas certas, aquelas que irão mudar o foco de análise do Coachee e transformar sua maneira de encarar os fatos do dia a dia, é o segredo do sucesso.

6 - Mudar é sempre possível, desde que a pessoa realmente deseje isso. É trabalho do Coach, incentivar o Coachee a querer mudar verdadeiramente pois na maioria das vezes não é exatamente o desejo inicial do mesmo. O que mais encontrei até aqui foram pessoas desejosas que as coisas mudassem para melhor mas cujo diagnóstico dos problemas estava fora do seu próprio ser.

7 - Trabalhar como Coach é uma delícia. Oportunidade única de se desenvolver ajudando os outros a fazer o mesmo.

Se você possui comentários sobre esse ou outro artigo, escreva para paulo.pinho@uol.com.br. Terei muito prazer em responder sua mensagem.

Abraços,

Paulo Pinho