segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Viajar é Preciso

Olá,

As organizações estão ampliando suas fronteiras e as pressões por redução de custos faz com que os executivos tenham áreas geográficas de atuação cada vez maiores. Não importa se sua empresa é nacional ou multinacional, as viagens de negócio são inevitáveis e cada vez mais freqüentes, o que representa um grande sacrifício para a maioria dos executivos.

Há alguns anos atrás os gerentes de nível intermediário eram os que mais viajavam. Passavam os meses de aeroporto em aeroporto, tendo pouco tempo para dedicar a sua vida pessoal, mas aproveitando para aprender muito, conhecer novos lugares e culturas, e demonstrar sua vontade de crescer na organização. Era puxado e afetava o relacionamento desses gerentes com suas famílias, mas se tudo desse certo, as promoções viriam e com elas uma quantidade menor de viagens e mais tempo para dedicar à família.

Hoje o cenário mudou drasticamente. Quanto mais subimos na organização, maiores são nossas áreas de atuação, e viagens mais longas e mais freqüentes tomam completamente nossas agendas. São comuns exemplos de executivos seniores que passam mais de 200 dias em viagens de negócios, o que sinceramente me parece uma insanidade.

É importante refletir um pouco sobre essa realidade e entender os reflexos que ela causa na vida desses profissionais. Muitos casamentos e famílias são destruídos por esse novo estilo de vida e essa conta é paga principalmente por eles próprios e por suas famílias.

Não é por acaso que a maioria dos altos executivos se declaram infelizes apesar do sucesso profissional. Eles estão sendo escravizados pelo caminho de sucesso que escolheram, pagando um preço muitas vezes superior aos benefícios que buscavam. O aparente sucesso de suas carreiras esconde um grande fracasso de seus planos iniciais de vida, o que não deveria acontecer com pessoas tão brilhantes.

A coisa fica ainda pior quando nos damos conta que cada vez é mais freqüente a configuração de família em que os dois conjugues são executivos. Salvo raríssimas exceções, não há família que resista a esse tipo de arranjo e a chance de encontrarmos filhos órfãos de pais vivos neste tipo de família é enorme.

Todos sabemos que as empresas continuarão a ampliar suas fronteiras e que as viagens, apesar de poderem em alguns casos serem substituídas, continuaram a existir. Mas como lidar com os efeitos dessa realidade e o que podemos fazer para reduzí-los é uma questão que teremos que resolver em breve.

Meu objetivo é escrever um artigo sobre sugestões de como endereçar esse problema. Se você tiver sugestões, por favor, me envie seus comentários. É partir deles que construirei esse novo texto.

PP

Um comentário:

  1. Olá...Adorei o texto sobre executivos...E tou me interessando por esse campo de trabalho...Gostaria de saber sobre esse problemas que abrange esse mercado de trabalho, e porque eles influênciam na nossa vida pessoal, e como lidar com eles...Abraço..Mayara Oliveira/Brasília-DF

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