Olá,
Uma boa parte dos novos gerentes são promovidos por sua competência técnica, o que em si não é um problema. Ocorre que a maioria deles não sabe como delegar ou como fazer com que sua equipe produza sem que ele tenha que se envolver em todos os detalhes. Isso sim terá conseqüências dramáticas.
Enquanto as coisas estão sob controle, e o gerente consegue suportar o volume de trabalho, o ambiente fica mais ou menos tranqüilo. Os novos gerentes passam a trabalhar mais, bem mais; a equipe fica meio adormecida, mas vai tocando a vida; e a empresa acha que resolveu seus problemas de gestão da área.
O problema surge quando a complexidade se avoluma ou quando uma crise séria acontece. O gerente, em processo de estresse crescente, trabalha mais do que é capaz de suportar. Nas situações em que lhe falta conhecimento específico para decidir, a falta e confiança em seu time o faz preferir correr o risco de decidir sozinho ou, o que é pior, adiar decisões. Ao mesmo tempo, critica duramente sua equipe por não ser capaz de entregar resultados e se justifica perante a organização declarando a incompetência do time. A equipe, por sua vez, reclama da morosidade imposta pelo novo chefe e pela falta de liberdade. Ela simplesmente se exime da responsabilidade, colocando no chefe a culpa de todos os problemas.
As origens do problema? Não confiar na competência técnica da equipe e querer estar presente em cada decisão do grupo. O nome desse gerente, Gerente Heróico.
Se você tem uma tendência a achar que seu time não está preparado para tomar decisões ou para assumir responsabilidades, pare e pense um pouco. Pode ser que o mal esteja mais em você do que no time e que o real problema seja sua incapacidade em acreditar que os outros também podem ser competentes.
Mesmo que seu time seja menos preparado do que você para determinadas tarefas, avalie a balança de custo benefício. A não ser que se trate de uma decisão de extrema importância, daquelas que podem afetar profundamente a organização, deixe que o time treine suas próprias habilidades.
Aja como um pai cauteloso, que ensina seu filho a caminhar. Fique próximo; esteja pronto para ajudá-los em caso de quedas; mas mantenha-os caminhando e assumindo seus próprios destinos.
Lembre-se que é melhor um gerente mediano mantido do que um heróico demitido.
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PP
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