Olá,
Todo executivo responsável costuma ficar preocupado de vez em quando. A incerteza de atingir os resultados trimestrais, o receio de perder determinado negócio, a insegurança de ser mantido no cargo para o próximo ano são exemplos de preocupações com as quais convivemos em nossas carreiras.
Em algumas situações, a preocupação faz com que os executivos tomem ações que diminuem a possibilidade de confirmação do que os preocupa. Esse tipo de comportamento ajuda a antecipar possíveis obstáculos no caminho e a identificar maneiras de contorná-los ou enfrentá-los. É uma atitude positiva, que ajuda a obter sucesso e que coloca o controle da situação nas mãos do executivo.
Essa relação direta entre a preocupação e a ação que visa minimizá-la me faz preferir chamar esse estado de pré-ocupação, o que me traz a sensação de se ocupar (agir) de forma antecipada. Utilizando essa terminologia, poderíamos dizer que é saudável e recomendável se pré-ocupar pois trata-se de uma antecipação de movimentos que visam reduzir o risco ou minimizar os impactos de eventos não desejáveis.
Muitas vezes a preocupação traz estresse e frustração ao executivo. Isso acontece quando a antecipação da possibilidade de ocorrência de eventos indesejáveis não é acompanhada de um plano de ação, ao contrário, faz com que o seu foco saia do campo da ação e vá para o da especulação. Nesse momento, ele passa da posição de protagonista para a de possível vítima, o que é uma atitude negativa e que não o ajuda a sair da dificuldade.
Um executivo que funciona boa parte de seu tempo no modo de preocupação tem uma tendência a ser mais pessimista e a avaliar as condições em torno de si como mais adversas. Essa atitude o torna mais inseguro e faz com que suas decisões sejam mais demoradas e, muitas vezes, assumindo que o pior será inevitável.
Por outro lado, um executivo mais orientado para o modo de pré-ocupação é mais otimista e produtivo. Ele percebe os possíveis riscos a seus objetivos e trata de lidar com eles de maneira antecipada, procurando alternativas para contornar e suplantar os obstáculos. Essa atitude positiva perante as dificuldades faz com que ele seja mais seguro e mais ágil no seu processo de decisão. Ele sabe que as dificuldades existem mas tem sempre um plano para lidar com elas.
Não tenho o objetivo de cunhar novos termos, mas gosto de brincar com a diferença entre os termos preocupação e pré-ocupação por que acho uma boa maneira de perceber a diferença de atitude que podemos ter em relação às possibilidades que o futuro nos reserva.
Na próxima vez em que você perceber a possibilidade de um problema a frente, pense se você está se preocupando ou se pré-ocupando. Se a opção for a primeira, melhor mudar de atitude e pensar nas dificuldades de maneira diferente.
Se você tiver exemplos sobre atitudes de preocupação e de pré-ocupação e quiser compartilhar comigo. Por favor, envie um e-mail para paulo.pinho@uol.com.br. Será de grande ajuda.
PP
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